Escolhi falar sobre essa matéria pelo
fato de considera-la uma das principais diferenças entre os métodos de ensino
do Brasil e de Portugal. Primeiramente que licenciatura aqui em Portugal não é
um curso exclusivo para formar professores, para dar aulas em colégios aqui o
professor precisa ter mestrado. No nosso caso foram montadas disciplinas pedagógicas
exclusivas para alunos PLI, essas disciplinas ou cadeiras são ministradas por
professores do curso de pedagogia da UC. E como o programa brasileiro é
exclusivo para licenciaturas, todos nós que participamos temos que cumprir 4
cadeiras pedagógicas em dois anos, assim ocorre uma superlotação nessas matérias,
as turmas variam de 150 a 200 alunos inscritos, tendo alunos de todos os cursos
que participam do PLI. Por um motivo de superlotação em uma cadeira especifica
de Biologia, nós alunos PLI da UEPG optemos por fazer duas matérias pedagógicas
no mesmo semestre, tínhamos as duas cadeiras na sexta-feira de tarde.
As aulas de Desenvolvimento
Curricular eram divididas entre duas professoras, uma da teórica e outra da
pratica, aulas teóricas iam das 16h30min às 17h30min e aulas práticas iam das 17h30min
as 19h00min. Nas aulas teóricas eram expostos conceitos de currículos e a forma
de como deveríamos avalia-los e posteriormente como estruturaríamos um currículo
escolar. Nas aulas práticas nós realizávamos tarefas de aplicação de
conhecimento e competências que antes adquiríamos nas aulas teóricas.
O semestre foi dividido em duas
etapas, na primeira etapa nós rebemos uma noção teórica e pratica de como um currículo
é formado e os conteúdos que o mesmo deve possuir, levando em conta a diversidade
de sentidos que a noção de currículo assume, foi trabalhado as diretrizes e
determinações curriculares atuais elaboradas aos níveis internacional, nacional,
regional e local com atenção focada na política de autonomia das instituições
escolares e da gestão do currículo que a elas compete.
Nas aulas prática dessa etapa foi
analisado um currículo escolar voltado para o ensino de uma determinada
matéria, nossos trabalhos eram voltados ao debate de algumas concepções de
educação que dão origem às diretrizes e determinações curriculares, numa
tentativa de perceber a sua filiação teórica e validade científica, recorríamos
a uma abordagem histórica, analisando esquemas curriculares do passado de
reconhecida importância e pertinência, explorando, de modo particular, as
razões e os processos de construção, as aplicações e apropriações que
ocasionaram tal currículo, bem como a sua evolução. Foi, sistematizado e
caracterizado as principais teorias pedagógicas com impacto no campo
curricular, destacando os contributos para a organização do ensino e da
aprendizagem.
Na segunda etapa das aulas
tivemos a noção do desenvolvimento do currículo escolar, analisando e
estruturando processos de âmbito micro curricular, nos foi estabelecido os
referenciais de conteúdo e objetivos do currículo escolar, bem como suas bases pedagógicas. Nessa etapa aprendemos a identificar e
caracterizar as diversas fases curriculares e os pontos de reflexão que
acompanham essas fases; recebemos a noção de como funciona legalmente o
desenvolvimento de um currículo, de como é a determinação e orientação das
instâncias superiores de ensino, aprendemos os princípios ético-filosóficos e
os conhecimentos pedagógico-didáticos para a formação de um currículo escolar.
Nas aulas práticas dessa segunda
etapa eram feitas tarefas no âmbito consolidar e aprofundar nosso conhecimento
sobre a estruturação de processos curriculares, com destaque para os que se
situam na área das “educação para…”, concretizando os métodos de diagnóstico,
planificação, interação e a avaliação de um currículo escolar.
AVALIAÇÕES: Essa matéria é considerada pela maioria dos alunos PLIs como uma das mais difíceis do semestre, superando algumas matérias especificas. O motivo da dificuldade está na forma de avaliação vigente na Universidade de Coimbra. Aqui ao contrario do Brasil a pontuação não vai de 0 a 10 e sim de 0 a 20, sendo a media 10 ou 9,5 que é arredondada para 10, a primeira vista pode parecer mais fácil que as avaliações brasileiras, visto que é necessário somente 50% da nota. Acontece que aqui em Portugal as medias escolares, desde as notas colegiais até as notas universitárias, são utilizadas como critério de seleção, o tanto para vagas de trabalho, como também para vagas de ensino em instituições superiores (não existe vestibular). Para uma melhor seleção dos seus alunos os professores cobram muitos detalhes nas suas avaliações, assim o aluno que se dedique mais aos estudos terá uma melhor colocação no mercado de trabalho, tanto que existe um nível de interpretação de notas que é o seguinte: o aluno que tire nota 10 é considerado pelo mercado de trabalho como um aluno razoável, se ele tira de 11 a 13 ele é considerado como um aluno bom, de 14 a 16 muito bom e de 17 para cima como um excelente aluno.
AVALIAÇÕES: Essa matéria é considerada pela maioria dos alunos PLIs como uma das mais difíceis do semestre, superando algumas matérias especificas. O motivo da dificuldade está na forma de avaliação vigente na Universidade de Coimbra. Aqui ao contrario do Brasil a pontuação não vai de 0 a 10 e sim de 0 a 20, sendo a media 10 ou 9,5 que é arredondada para 10, a primeira vista pode parecer mais fácil que as avaliações brasileiras, visto que é necessário somente 50% da nota. Acontece que aqui em Portugal as medias escolares, desde as notas colegiais até as notas universitárias, são utilizadas como critério de seleção, o tanto para vagas de trabalho, como também para vagas de ensino em instituições superiores (não existe vestibular). Para uma melhor seleção dos seus alunos os professores cobram muitos detalhes nas suas avaliações, assim o aluno que se dedique mais aos estudos terá uma melhor colocação no mercado de trabalho, tanto que existe um nível de interpretação de notas que é o seguinte: o aluno que tire nota 10 é considerado pelo mercado de trabalho como um aluno razoável, se ele tira de 11 a 13 ele é considerado como um aluno bom, de 14 a 16 muito bom e de 17 para cima como um excelente aluno.
Na UC existem dois exames, o de
tempo normal e o de recurso, sendo que o aluno pode optar em fazer somente um
ou os dois; muitos escolhem fazer somente o exame de recurso, porque os exames
de época normal caem em dias muito próximos, assim eles tem mais tempo para
estudar determinada matéria; outros escolhem fazer os dois exames, mesmo
obtendo no exame normal nota o
suficiente para passar na matéria, eles fazem isso numa tentativa de melhorar suas
notas, pois a nota de maior valor é que se utiliza como media final. Geralmente
as matérias só tem uma prova no final do semestre esse é chamado de exame de
época normal que engloba todo o conteúdo da matéria; o exame de recurso é bem
dizer o mesmo da de época normal, sendo esse obrigatório somente se o aluno não
obtiver nota suficiente no exame de época normal.
Na matéria de Desenvolvimento Curricular
a avaliação é dividida entre a teórica e a prática, sendo que cada uma vale 50%
da nota final ou 10 pontos. A avaliação da práticas era feita de modo continuo,
os trabalhos que realizávamos na sala eram avaliados minunciosamente e como
todas as avaliações da UC a nota era dada nos mínimos detalhes. Já a avaliação teórica
era feita em uma única prova, o problema dessa prova é que ao contrario das
provas pedagógicas da UEPG onde se você tiver um conhecimento razoável da matéria
e compreender o conteúdo da mesma, você consegue alcançar a media facilmente;
no entanto aqui as provas são presas aos detalhes, que você precisa conhecer
profundamente, em outras palavras você tem que decorar tudo que dado em sala de
aula e também a conteúdos que não são dados em aula. Eu não consegui alcançar a
media no exame de época norma dessa matéria, porem quando eu fiz o exame de
recurso fiquei uma semana decorando os conteúdos que caíram no exame normal,
resultado passei tranquilamente.
Por Renato Kovalski Ribeiro.
Muito interessante esse seu relato sobre a matéria em si e pelos detalhes sobre os instrumentos de avaliação.Parabéns, muito bem escrito também.
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