16 de julho de 2013

Zonas de Caça

Antes de começar a falar sobre o assunto, quero deixar claro algumas coisas: sou um ambientalista nato, defendo até o ultimo suspiro a natureza, porém não considero que a culpa da devastação natural que hoje temos, seja exclusiva dos caçadores e pescadores, porque essas atividades existem a séculos e em muitos lugares é regularizada e sustentável, o grande problema está no desmatamento descontrolado que ocorre em todo Brasil, isso limita muito a reprodução das espécies nativas e assim leva muitas espécies a extinção. 

Colonos entre 1940 a 1970
Fui criado no interior em uma família de caçadores e pescadores (dai veio meu gosto por Biologia), no entanto, a caça nunca me chamou muita atenção, não gosto de pensar em se divertir vendo a morte de animais tão belos, mesmo no sitio quando tinha que abater porcos ou qualquer outro animal domestico eu me sentia muito mal, tenho um enorme respeito pela tradição da caça, porém, na situação calamitosa que se encontra nossa fauna, tenho que usar o bom senso e nesse caso sou contra a caça, mas sonho com o dia em que ela se torne viável e sustentável, sendo inclusive um meio de preservação das espécies ameaçadas de extinção.

Grande parte da cultura e alimentação dos Indígenas vem da caça e pesca, no entanto com a diminuição das áreas indígenas, o desmatamento descontrolado, a poluição de rios, o aquecimento global, etc. essa atividade esta entrando em extinção e queira ou não, muitas das nossas culturas indígenas  estão se extinguindo. Nunca vou defender a caça Esportiva, pois acho um absurdo isto, no entanto a caça de subsistência essa é necessária a muitas culturas, meus antepassados não teriam sobrevivido se não fosse a caça e a pesca, por isso defendo uma preservação da flora e Fauna que num futuro (infelizmente) muito distante propiciara essa atividades. Porem nesse texto quero apenas mostrar o que vi aqui em Portugal e a minha opinião do que poderia ser feito no Brasil.



Viajando por Portugal notei varia Zonas de Caça, algumas Zonas Municipais, nacionais, turísticas, de treino de caça ou de cooperativas de caçadores, fiquei interessado sobre o assunto, porque notei nessas regiões uma grande quantidade de buchas e cartuchos vazios. 


Nos países europeus a caça vem sendo praticada e regulada há centenas de anos. Apesar disso, várias espécies nativas já foram extintas ou chegaram à beira da extinção. Nos Estados Unidos a caça (amadora e esportiva) movimentava no fim do século XX uma economia de US$ 13 bilhões, dos quais expressiva parcela arrecadada e destinada, segundo a Lei Pitman-Robertson, para sustentar e ampliar os sistemas de Refúgios Naturais de Vida Selvagem que protegem milhões de hectares de áreas naturais. O estado americano da Pensilvânia, que é pouco maior do que o estado de Pernambuco adicionará R$ 1,43 bilhões de atividades econômicas apenas acrescentando o dia de domingo à sua temporada de caça, que traz ao estado 7500 empregos e geração de R$100 milhões em impostos estaduais e municipais.

Nos EUA, Canadá e México existe uma taxa (Ducks Unlimited - DU), que é cobrada dos caçadores amadoristas e que é revertida para a preservação de ambientes naturais. Só no Canadá, entre os anos de 1938 e 1996, o DU protegeu 6.072.791 ha e ampliou áreas já protegidas em 1.228.132 ha. Neste mesmo período de 58 anos, o DU do Canadá investiu US$ 700 milhões na preservação de 7,3 milhões de hectares.

Noutros países de rígida gestão ambiental, como é o caso da Austrália, também é permitida a caça controlada em seus territórios.



Em Portugal existe uma federação de caçadores a Fencaça (Federação Portuguesa de Caça), foi a 1ª Federação de Caçadores, de âmbito nacional, a surgir, com o objetivo de apoiar e fomentar o inicio do ordenamento cinegético do território português. Tornou-se a federação mais representativa dos caçadores portugueses, congregando cerca de 1.000 associados titulares de concessões de zonas de caça, representando cerca de 100.000 caçadores. 

Com a publicação da Lei n.º 30/86 de 27 de Agosto, o Estado Português iniciou um processo de ordenamento da atividade cinegética, com a criação de zonas de caça e a atribuição da sua gestão, ou concessão a associações de caçadores ou empresas. Essas zonas de caça devem possuir uma área mínima de 400 ha, exceto em casos devidamente fundamentados, ficando estas limitadas a explorar uma única espécie ou grupo de espécies.

Para a legalização dessas zonas de Caça os proprietários tem que fazer um requerimento ao órgão ambiental local, acompanhado de Plano de Ordenamento e Exploração Cinegética elaborada por técnico credenciado e cartografia digital dos terrenos englobados.
  
Sinalização das Zonas de Caça
Os donos desses terrenos têm como obrigação: sinalizar a área de caça; seguir as normas nacionais de caça; seguir um plano de exploração da contingente de caça; comunicar ao órgão ambiental responsável os resultados anuais da exploração; no caso de zonas de caça turísticas é necessário comunicar a nacionalidade e a qualidade dos caçadores; pagar uma taxa anual ao governo; quando o prazo de concessão da área, que vai de 6 a 12 anos, esta terminado nos 2 últimos anos não pode ser caçado um numero de exemplares de espécies cinegéticas sedentárias superior à média dos dois anos precedentes, salvo nos casos autorizados pelo órgão ambiental responsável; os concessionários devem proceder à atualização dos planos de ordenamento cinegético sempre que ocorram alterações significativas no meio com reflexos sobre as espécies exploradas. Os caçadores que pratiquem atividades de carácter venatório em campos de treino devem possuir carta de caçador, seguro e licenças de uso e porte de arma. Caso se façam acompanhar pelos cães, devem possuir toda a documentação exigível. As licenças de caça anuais não são obrigatórias.


Tudo funciona da seguinte forma, você tem áreas exclusivas para caça, para o treino de caça, para o refugio de animais e de proteção permanente. Existem períodos em que não é permitido caçar, como épocas de reprodução, épocas de estiagem prolongada, entorno de lagos ou rios que sirvam de refugio, locais de inundações ou incêndios onde os animais fiquem fragilizados e dias “santos”, como Sexta – feira Santa, pascoa, Natal, etc. Os caçadores devem seguir todas essas regras senão podem sofrer penas que vão de multas a prisões.



Muitas áreas de caça possuem um sistema de alimentação das espécies e como aqui ocorre uma grande estiagem no verão, algumas áreas também possuem sistema de abastecimento de água para os animais. Uma coisa interessante sobre essas áreas de caça é que elas se tornaram algo rentável, gerando uma renda extra, porque muitas Zonas de Caça são áreas de reflorestamento, de plantações de oliveiras ou ainda áreas onde não é possível a pratica da agricultura, no entanto com a crise Europeia, ocorreu uma diminuição na quantidade de caçadores licenciados e assim uma diminuição na arrecadação dessas áreas. Grande parte da arrecadação dessas áreas vai para a própria manutenção das mesmas. 


Em Portugal esse sistema em partes é sustentável, como ocorre em qualquer parte do mundo, sempre tem alguns casos de não cumprimento da lei, no entanto o principal problema é a diminuição da diversidade das espécies, visto que somente algumas espécies possuem interesse na exploração cinegética, sendo outra espécies desprezadas e ignoradas, porém é uma boa forma de manter parte da fauna, já a flora local fica muito limitada, justamente pelo cultivo e invasão de espécies exóticas (isso inclusive ocorre com grande parte da fauna local).

No Brasil, o único Estado que permitia caça esportiva era o Rio Grande do Sul, sendo que a temporada variava de ano a ano (em geral de maio a agosto). Por vezes, liminares solicitadas à Justiça por grupos ambientalistas suspenderam a temporada até que, em 2005, a caça no RS foi proibida permanentemente até que sejam feitos estudos mais completos que a justifiquem. Atualmente a caça ao javali-europeu, que é uma espécie exótica invasora, está liberada pelo Ibama em todo o Brasil como meio de controle de sua população, por meio da Instrução Normativa nº 3, de 31 de janeiro de 2013.

No Brasil um sistema parecido com o Europeu seria em partes inviável, porque nossa fauna se encontra muito frágil, principalmente nas regiões agrícolas, isso sem contar que a forma de exploração agrícola e florestal do Brasil limita muito a alimentação de nossos amimais nativos, teríamos que montar uma estrutura e legislação que viabilizaria a caça, esse processo demoraria no mínimo uns 100 anos para todo o território Brasileiro (com exceções de alguns locais).

Quanto aos caçadores ilegais do Brasil, acho a justiça deve ser rígida e puni-los severamente, infelizmente na situação que se encontra nossa fauna isso é essencialmente necessário, no entanto, mais severa devem ser as punições os devastadores das florestas, porque os caçadores e pescadores em grande parte são pessoas humildes, que vivem em um sistema antigo e tradicional das colônias, esses nasceram e se criaram no meio dessa pratica, agora já os destruidores de florestas esses em partes são grandes proprietários, muitos políticos, juízes, policiais, etc. e por isso seus crimes muitas vezes são ignorados.

Um dos temas que pretendo debater em meu TCD é conscientização dos camponeses quanto a preservação do meio ambiente, mostrando a eles que por enquanto a caça é algo totalmente inviável e que infelizmente para eles não é vantajosa essa pratica, que o melhor meio é a preservação das espécies nativas assim como também a preservação das reservas florestais, inclusive que as reservas obrigatórias podem ser rentáveis, como é o caso da coleta de Pinhão, de frutas silvestres, de remédios naturais, de peixes, de mel, etc., mas, nunca da caça e do desmatamento. Preservação é uma questão de subsistência!!!


Por Renato Kovalski Ribeiro.

24 de junho de 2013

Parque Eólico de Vila Nova

Nos meses de Junho e Julho ocorrem os exames finais da UC, aqui o ano acadêmico termina no mês de Julho, em Junho temos exames normais de todas as matérias do segundo semestre, o que toma grande parte de nosso tempo para estudar (por mais que não tenhamos aulas nesse período, ficamos grande parte desse tempo estudando em casa visto que as provas exigem muitos detalhes de cada mateira), temos provas todas as semanas, tivemos semanas com duas provas seguidas. Isso gera um certo stress, porque ficamos praticamente o mês inteiro trancados em casa estudando, chegando ao ponto de ficarmos até três dias sem nos vermos (isso que um apartamento fica ao lado do outro).

Quando eu estava no Brasil, no menor indicio de stress, pegava minha bicicleta e partia para mato acampar, ficava o fim de semana inteiro repondo as energias na natureza. Acontece que estando aqui há quase um ano ainda não tinha tido a oportunidade de fazer isto, por isso resolvi contar como foi a minha primeira excursão de bicicleta aqui em Portugal. 

Todos os dias de manhã saio na varanda do apartamento para tomar chimarrão e estudar, porque agora no verão esse é o lugar mais fresco da casa, isso sem contar na bela vista que tenho. Ao fundo dos prédios vê-se uma cadeia de morros com aerogeradores, ao observar esses morros, me veio a curiosidade de como deveria de ser a vista do alto deles, e na quinta feira (20/06/2013), um dia após o ultimo exame do semestre, resolvi ir visita-los.

Vista da Varanda do Apartamento
Pesquisei na internet sobre esses morros, no entanto, não fazia ideia de quais eram os nomes deles, para saber o caminho tracei uma linha reta no mapa seguindo o ângulo de observação da varanda, assim descobri que o povoado mais próximo desses morros era Miranda do Corvo, coloquei a rota no GPS do celular, liguei este ao fone de ouvido para que conforme eu estivesse andando ouvisse as direções e não precisasse olhar para o celular. Meu principal medo nessa viagem era o fato de ter que passar por rodovias movimentadas, no entanto, descobri que em Portugal as regras de transito são mais rígidas e dão maior proteção aos pedestres e ciclistas, também descobri que se o ciclista seguir as regras de transito a bicicleta tem os mesmos direitos dos carros e os motoristas respeitam essas regras, assim o trajeto que coloquei no GPS era como se estivesse de carro (é claro que por ser mais lento que os carros eu sempre ando pelo acostamento e procuro usar o bom senso no transito). 

A primeira vila que cheguei era Cabouco, que fica próxima a Coimbra, essa é uma vila típica do interior de Portugal, onde tem poucas casas, a maioria das pessoas mora no campo, sendo que na vila fica apenas um mercado onde os camponeses podem comprar o necessário e uma igreja. 

Cabouco
Logo apos Cabouco começa uma grande subida, conforme vai se chegando ao topo vesse um povoado ao pé dos morros, esse povoado chama-se Canas, o Vale de Canas é muito bonito, de cima vê-se uma igreja que badala seus sinos de hora em hora, graças ao relevo da região o badalar dos sinos pode ser ouvido por todo o vale. Essa região, desde as casas, a igreja e até as pessoas lembram muito a colônia onde meu pai nasceu (colônia Bela Vista de Imbituva), fiquei um bom tempo admirando esse lugar.

Vale de Canas
O GPS me conduziu por umas estradinhas muito estreitas, no principio achei que estava perdido, no entanto ao averiguar no mapa vi que estavam certas, após subidas e descidas cheguei a Miranda do Corvo, essa cidadezinha tem uma igrejinha construída no ano de 1786 porém a torre dos sinos é muito mais antiga, infelizmente a igreja estava em reformas e não pude conhece-la melhor.

Igreja de Miranda do Corvo
Torre da Igreja de Miranda do Corvo
Miranda do Corvo é uma cidadezinha que apresenta um típico estilo de casas portuguesas, essas casas são antigas, com um calfino extremamente branco e muitas plantas ornamentais.

Miranda do Corvo
Um fato muito interessante de Mirando do Corvo é um riozinho que corta o centro da cidade, esse é represado diversas vezes de modo que a água parece estar em maior quantidade e passar mais suavemente gerando uma bela vista. 

Miranda do Corvo
Ainda em Miranda do Corvo perguntei a um comerciante local se era possível ir até o parque eólico, esse disse que eu deveria ir até Vila Nova e de lá pegar uma estrada que da acesso ao parque, fiz o caminho no GPS e cheguei até o local. Em Vila nova um senhorzinho me informou qual estrada deveria pegar e também me contou que demoraria um bom tempo para chegar lá em cima. Vila Nova é outra cidadezinha tipicamente portuguesa, nesse dia aconteceria a festa junina da comunidade, a cidade estava toda enfeitada com bandeirinhas e o povo todo estava organizando a festa.

Vila Nova (ao fundo)
Ao subir para o parque eólico de Vila Nova, em certa parte do caminho um casal de camponeses que subia a serra num TOBATINHA deu-me uma carona. O simpático casal, seu Joel e dona Aulinda são típicos camponeses de Portugal, a principio, antes de conhece-los, eu achava que em Potugal não existiam  mais camponeses que vivessem da agricultura de acordo com os costumes ancestrais, fiquei muito feliz pela conversa que tive com eles, porque assim como ocorre no Brasil, as pessoas de cidade grande são mais estressadas e fechadas, já as pessoas do interior são geralmente mais calmas e sinceramente eu prefiro conversar com elas, porque me criei nesse meio. 
 
Seu Joel e Dona Aulinda 

Uma coisa interessante é que em Portugal esses camponeses tem orgulho de serem camponeses e as pessoas das cidades os respeitam muito.

Após a carona do seu Joel e a dona Aulinda subi mais um bom tanto até que cheguei a uma ruazinha ela é um trajeto do campo de caça da vila, eu tinha perguntado as camponeses se avia lugares para acampar na região, o seu Joel me falou que muitas pessoas vem acampar nessa região, porém, é necessário armar a barraca em um local bem visível, porque ali é um região de caça e tem o perigo de balas perdidas, mas pelo o que eles me falaram nunca ocorreu nenhum acidente e local é muito bonito.

Estação de Caça de Vila Nova
Após 3 horas de subida cheguei ao topo do morro no Parque Eólico de Vila Nova.

Parque Eólico de Vila Nova
Em Portugal e em toda a Europa existem vários parques eólicos, essa energia considerada limpa abastece cerca de 30% da energia elétrica consumida em Portugal, porém como o potencial hidroelétrico de Portugal é muito baixo, a maioria da energia é produzida por termoelétricas, gerando um grande gasto com energia no orçamento do país, tanto que a EDP (empresa responsável pela energia Portugal) é a empresa com a maior divida de Portugal. A vista do morro é muito bonita, tendo a baixo a Vila Nova, mais a frente Miranda do Corvo e bem ao fundo, quase invisível, temos Coimbra. Verdadeiramente essa vista valeu os 41 quilômetros que percorri para chegar ali e os outros 41 que percorri pra voltar, somando os 82 quilômetros.

Aerogerador
Vista do Parque Eólico de Vila Nova
Duvidas e reclamações deixem nos comentários.  

Por Renato Kovalski Ribeiro.

4 de junho de 2013

Viagem a Lisboa

Aproveitamos as férias entre o Natal e Ano Novo a família PLI foi para a capital de Portugal, Lisboa, a primeira cidade que conhecemos de Portugal (quando chegamos em terras europeias), conhecendo o seu enorme aeroporto e sua Estação Oriente (estação de trem).

Chegando em Lisboa, fomos até o hotel, e eu tinha uma expectativa diferente, as ruas eram cheias de cocô de cachorro, e não era como eu imaginava, mas tenho que considerar que Lisboa é gigante, e só tinha conhecido um pouco da grande cidade. 

No primeiro dia, visitamos o Castelo de São Jorge que é considerado importante por apresentar vestígios arqueológicos que testemunham três períodos significativos da história de Lisboa: as primeiras estruturas habitacionais do século VII a.C; as casas e ruas de meados do século XI, de época islâmica; e os vestígios da última habitação palatina – o Palácio dos Condes de Santiago – destruído pelo Terremoto de 1755. Além da localização desse castelo que apresenta um miradouro para a cidade de Lisboa.



Castelo de São Jorge

No dia da véspera de Natal fomos ao zoológico de Lisboa onde tivemos a oportunidade de assistir a alimentação dos leões marinhos, observar um show com leões marinhos onde a família tirou uma foto com um leão marinho, um show com golfinhos, onde eu tive a oportunidade de passar a mão nos golfinhos e beijá-los *-* , andar de teleférico (duas vezes) , observar um show com aves em voo livre e apreciar e conhecer diversos animais.

 
Show com os golfinhos

  
Interagindo com um leão marinho

À noite, como bons católicos, fomos na missa do galo, mas estávamos todos muito cansados então poucos prestaram atenção na celebração, algumas pessoas até rezavam enquanto dormiam para aliviar a consciência.

No dia do Natal planejamos ir conhecer o Oceanário de Lisboa, primeiramente resolvemos almoçar em um lugar digno de Natal, e encontramos uma churrascaria, nossa foi a alegria das crianças, eu comi como se não existisse amanhã. 

 
Oceanário de Lisboa 

Em seguida fomos ao Oceanário onde observamos diversos animais marinhos, como peixes, pinguins, tartarugas, tubarões etc. E observamos que perto deste local tinha um teleférico e aproveitamos para passearmos neste.

No último dia fomos visitar a vila de Belém, onde tivemos a oportunidade de subir no monumento aos descobrimentos. Esta obra de arquitetura e escultura foi criada com a intenção de consagrar os Descobrimentos Portugueses, aventura iniciada no século XV.O monumental Padrão dos Descobrimentos atinge uma altura de 50 metros, com uma largura de 20 por um comprimento máximo de 46 metros. A maior figura esculpida é a do infante D. Henrique, que possui 9 metros de altura, enquanto o restante grupo de 32 ilustres imagens atinge os 7 metros de altura. No seu interior, um elevador conduz a um panorâmico miradouro situado no topo do monumento. 

 
Torre de Belém


Originais Pastéis de Belém, recuse imitações!

Depois de observar a linda paisagem, fomos na Torre de Belém e por ultimo comer os famosos pastéis de Belém, nossa eu recomendo, são muito deliciosos, cuja receita secreta só se encontra nesta fábrica. Sendo que os mestres desta fábrica assinam um termo de responsabilidade e fazem um juramento em como se comprometem a não divulgar a receita. 

Neste dia considerei o quão Lisboa é linda, mudando totalmente a minha imagem preliminar desta cidade. 

Por Keli Cristina Voanka.

12 de maio de 2013

Road to Marocco

Quando discutíamos, ainda no Brasil, quais países poderíamos visitar caso viéssemos para a Europa, penso que o Marrocos nunca foi citado, mas fico muito feliz por termos escolhido essa terra fantástica como destino para as nossas férias na Páscoa, pois foi, na minha opinião, a melhor viagem que fizemos até agora. Tentar descrever a experiência que se tem ao entrar em contato com uma cultura tão distinta da nossa como a muçulmana é bastante difícil. Os costumes são diferentes, as pessoas são diferentes, as construções são diferentes, tudo é diferente. Diferente e maravilhoso.


Fomos em excursão, várias e várias horas de ônibus através de Portugal e Espanha até o Estreito de Gibraltar, que atravessamos de ferry boat, e mais algumas horas até nossa primeira parada, a cidade de Rabat. 

Rabat é a capital do Marrocos. Conhecemos alguns dos principais pontos turísticos do local, como a Torre Hassan, minarete de uma das mesquitas mais famosas da região, a Mesquita Hassan; o Mausoléu de Mohammed V, onde estão enterrados o Rei Hassan II e seus dois filhos; o Palácio Real de Dar-al-Makhzen, uma das moradas do rei marroquino Mohammed VI, localizado em Touarga (cidadela real de Rabat); e também a antiga fortaleza Kasbah dos Oudaias.

Mausoléu de Mohammed V.

Torre Hassan.
Palácio Real de Dar-al-Makhzen.
Logo nota-se a beleza e a diferença da arquitetura desses monumentos, dotada de formas geométricas diversas e uma simetria singular. Um fato curioso sobre a arquitetura muçulmana está relacionado à representação de figuras humanas em suas construções, que não é permitida (por exemplo, a representação do Profeta Maoméou é considerada haram, ou seja, um pecado grave, sendo punível com morte). 

No dia seguinte, fomos a Marrakesh, uma das maiores e mais visitadas cidades do Marrocos. Marrakesh é lar do maior mercado tradicional do país. No mercado pode-se encontrar uma infinidade de produtos diferentes. Entretanto, o maior destaque do mercado não são suas mercadorias, mas sim os vendedores. Os marroquinos possuem um tato especial para o comércio, são carismáticos, inteligentes e muito, mas muito persuasivos, você nunca irá sair de uma loja sem comprar ao menos um chaveiro. Mas na hora das compras valha-se da máxima: “se lhe pedirem 20, pense 10 e diga 5”, ensinada sabiamente pelo nosso guia. Os vendedores marroquinos adoram negociar, e essa negociação sempre rende boas risadas e um preço muito mais amigável.

Mercado de Marrakesh.
Além do mercado, visitamos também a Mesquita de Koutobia, maior mesquita de Marrakesh (a visita se limita a parte externa da mesquita, pois a entrada de não muçulmanos no local é proibida); o Palais Bahia, um dos palácios mais bonitos da cidade e a escola de Medersa, o locais mais antigos para o ensino do Corão na cidade (de entrada restrita também, infelizmente). 

Minarete da Mesquita de Koutobia.
De Marrakesh fizemos nossa partida para o deserto do Saara, sem dúvida a melhor e mais marcante parte da viagem. Nosso destino foi à pequena aldeia de Mhamid, próxima ao deserto, onde realizamos uma pequena visita guiada e nos preparamos para seguir deserto adentro. À tarde rumamos na garupa de dromedários (!) para um assentamento beduíno no interior do deserto, onde passamos a noite ao estilo dos povos que aí vivem, os beduínos.



Regressamos a Marrakesh à noite. O período da manhã e tarde do dia seguinte ficaram livres, para explorarmos a cidade. Como não tínhamos muito tempo, decidimos fazer um sightseeing tour pela cidade, à carroça. À noite, deixamos a cidade, já com destino a Portugal.

Nossa viagem ao Marrocos foi realmente uma surpresa muito agradável. Conhecemos pessoas encantadoras, maneiras de viver diferentes e paisagens deslumbrantes. Esse choque de realidades nos permite constatar como o ser humano é diverso, e que nossa maneira de ver a vida é apenas uma dentre várias.

Por Mathias Costa.

10 de maio de 2013

The Color Run ®


O The Color Run® é um festival que ocorre em diversas partes do mundo, trata-se de uma corrida inspirada originalmente no "holi", o festival religioso primaveril dos hindus, da Índia e que faz da cor a sua "doutrina". São 5 km percorridos, cada quilómetro do percurso é associado a uma cor: amarelo, laranja, cor de rosa e azul. À medida que os participantes completam os sucessivos quilómetros, entram nas Zonas de Cor (as Color Zones) onde são pulverizados de cor por voluntários, patrocinadores e colaboradores do evento. O maior banho de COR (o Color Blast) é reservado para o final. A corrida não tem ordem de chegada, a intenção é chegar o mais colorido possível no final. Com o intuito de incentivar jovens, adultos, idosos e crianças a pratica de uma vida saudável e “feliz” a Color Run de Coimbra contou com mais de 13 mil participantes, sendo que desses 60% dos participantes correram pela primeira vez. Para nós essa estratégia funcionou, ficamos empolgados com a corrida, montamos uma equipe, a “Pão Com Vina” e desde que soubemos da corrida saímos correr de 3 a 4 vezes por semana.

Para a Color Run veio pessoas de diversas cidades de Portugal, inclusive hospedemos alguns brasileiro de Évora em nossa casa. A Corrida foi tranquila, tendo destaque somente para a concentração da largada que ocorreu na ponte Santa Clara, eram mais de 10 mil pessoas pulando, tanto que a ponte balançava muito e diversas  pessoas se assustaram com isso, fora esse episódio da ponte tudo ocorreu bem, tirando é claro o banho!

Os produtos utilizados ao longo do percurso eram 100% naturais, a tinta em pó que era atirada aos participantes era constituída, essencialmente, por amido de milho, não representando qualquer perigo e sendo facilmente lavável. Para descrever melhor o que foi a Color Run de Coimbra, editei um vídeo (espero que gostem): 


Por Renato Kovalski Ribeiro.

6 de maio de 2013

Queima das Fitas 2013

As festas da semana acadêmica em 2013 decorrem durante os meses de março, abril, maio e junho nas cidades onde estão localizadas as universidades e institutos politécnicos públicos e privados. No inicio do mês de maio tivemos uma semana de folga e participamos de uma corrida, a The ColorRun onde formam-se ‘’equipas‘’ para correr 5 km. Esse trajeto poder ser feito a correr, a caminhar ou a rastejar e a cada quilometro você é ‘’bombardeado‘’ com um pó colorido, percorremos o trajeto ao redor do rio Mondego e na linha de chegada há uma festa com a combinação das várias cores ao som de muita música eletrônica.



Pensamos em viajar para algumas cidades ao redor de Coimbra porém não íamos perder a nossa primeira Queima. 

A Queima das Fitas de Coimbra 2013 é uma das festas acadêmicas mais populares na Europa.

A popular Serenata é realizada na tão conhecida Sé velha, e tem início um dia antes da Queima das Fitas com grupos da seção de Fado da Associação Acadêmica de Coimbra (AAC) chegamos lá para apreciar a Serenata mais nem conseguimos chegar ao Largo da Sé velha, pois havia uma enorme quantidade de estudantes e fomos para uma ‘’balada‘’, um tipo de convívio que é organizado pela Comissão Central da Queima das Fitas dentro da própria Universidade.


Como manda a tradição, a Serenata representa para alguns uma espécie de batismo na vida acadêmica na qual os padrinhos podem traçar as capas aos seus afilhados caloiros pela primeira vez, estamos á espera de sermos batizados para podermos usar o traje acadêmico e talvez o ano que vem possamos ser batizados conforme a tradição.
Depois da Serenata tem o cortejo da Queima onde mais de 100 mil pessoas assistiram. Houve distribuição de várias bebidas alcoólicas desde cerveja até absinto.


O cortejo encheu a cidade, com vários turistas de várias partes do mundo, como estava muito quente os estudantes e turistas se divertiam dando banho uns nos outros com cerveja na qual era distribuído gratuitamente pelos carros alegóricos.


O cortejo foi marcado também por várias críticas ao governo envolvendo questões políticas e a situação econômica e financeira do país. O desfile teve início na praça Dom Dinis percorrendo vários trajetos que inclui Arcos do Jardim, Praça da República até terminar na Baixa no Largo da Portagem, depois de percorrer todo esse trajeto os estudantes já estão muito bêbados alguns entram em coma alcoólico.



Alguns meses antes da Queima houve treinamento de vários socorristas para atender a demanda de estudantes, Coimbra já está bem preparada para esse tipo de evento e a Prefeitura Municipal de Coimbra tem uma ‘’espécie de caminhões‘’ que passam lavando a rua. Conhecemos neste trajeto dois Portugueses que cursavam biologia e participavam da praxe acadêmica na qual tinham insígnias pessoais: o Grelo, o qual consiste em uma fita da cor da universidade ou do curso (da biologia era azul claro) e nos mandou puxarmos aquela fita por uma das pontas na qual o laço não pode desfazer-se.


Achei muito interessante pois o Grelo é colocado na lapela da Batina no dia do cortejo da Queima das Fitas quando se é puto, dizem que traz sorte quando puxado por várias pessoas.
E isso foi um pouco da nossa semana, mais informações no próximo post.

Por Danieli Simões.

16 de abril de 2013

Disciplina de Teorias de Aprendizagem e Modelos de Ensino da UC

Uma das disciplinas pedagógicas ofertada pela Universidade de Coimbra aos acadêmicos brasileiros é Teorias de Aprendizagem e Modelos de Ensino. É uma disciplina do primeiro semestre tendo como docente responsável a Professora Doutora Ana Amélia Amorim Carvalho. A unidade curricular centra-se no estudo dos principais modelos e estratégias das correntes das teorias da aprendizagem. Aborda as principais teorias comportamentalistas, cognitivistas, sócio culturais e construtivistas com o intuito de orientar as práticas pedagógicas.

A cadeira tinha por objetivo proporcionar uma melhor percepção sobre as estratégias de ensino e modelos para facilitar o processo de ensino-aprendizagem.
As aulas eram divididas em componentes teóricas e componentes práticas, a avaliação era dividida em um teste (individual) no valor de 40%, atividade interativa para dispositivos móveis (10 %) e um trabalho em grupo sobre Webquest (50 %).

Nosso primeiro trabalho era sobre Mobile Study (estudo móvel), ideal para conteúdos educacionais, onde os alunos podem baixar os conteúdos para o celular e estudar, pois uma vez baixado, não é necessário uma conexão com a internet.
Primeiro monta-se um quiz com questões de múltipla escolha (no máximo 10 a 15 questões). Pode-se também utilizar algumas imagens relacionadas, para facilitar o estudo.

O quiz pode ser aplicado em sala de aula para testar a reação dos alunos. A disciplina que eu escolhi para montar o estudo móvel foi Bioquímica, mais especificadamente Proteínas, e está voltado para alunos do Ensino Médio.

Segue o link para consulta do material sobre proteínas: http://www.mobilestudy.org/doquiz/17476/


Para saber mais consulte o tutorial.

O nosso segundo trabalho prático foi sobre Webquest, o qual é uma ferramenta para atividade de pesquisa utilizando principalmente os recursos disponíveis na internet e é elaborada pelo professor para ser realizada geralmente por um grupo de alunos e tem por objetivo a integração, extensão e o refinamento dos conhecimentos estudados e também modernizar os meios utilizados na educação, afim de deixá-los mais atraentes para os alunos e incentivar a aprendizagem.

Desde o processo de elaboração  até a apresentação do trabalho fomos bem orientados para elaborar a Webquest adequadamente, pois algumas eram apenas uma cópia de outros sites. No dia da apresentação alguns grupos não gostaram muito das críticas recebidas, pois alguns detalhes estavam faltando. Uma Webquest  bem elaborada dever ter as seguintes componentes:

Introdução
Tarefa
Processo
Avaliação
Conclusão
Duração
Referências

Para saber mais, acesse o site da docente Ana Amélia Amorim Carvalho - http://webs.ie.uminho.pt/aac/webquest/ - e se quiser, pode acessar a Webquest que desenvolvemos: Web Quest


Por Danieli Simões.